A sua génese data dos finais do século XIII, segundo a tese do historiador de arte Carlos Alberto Ferreira de Almeida. Possui uma cisterna e uma sala de reuniões do conselho municipal. As sólidas paredes de granito definem uma planta pentagonal irregular, cujas cinco fases têm dimensões muito variáveis (a de maior extensão tem 14 metros e a de menor tem cerca de 3 metros). No lado de maior extensão, encontram-se duas portas de vão rectangulares que dão acesso ao interior do monumento. A toda a sua volta observa-se uma série contínua de janelas de arco abatido. Cada qual com o seu próprio cariz: molduras lisas, excepto as sete viradas para Este, que possuem uma arquivolta com decorações em baixo-relevo em forma de estrela. Ainda no primeiro piso encontramos um salão amplo, com pavimento lajeado. É percorrido por um banco de pedra, em toda a sua volta, que se julga ter sido o assento para os munícipes que participavam nas reuniões camarárias da cidade de Bragança.
No século XX, o tecto do monumento foi restaurado devido às más condições em que se encontrava. A cornija exterior, perfeitamente manobrada, contém uma caleira, destinada a recolher a água da chuva. Esta última seguiria para a cisterna (cuja arquitectura românica cobre com abóbadas de berço; o seu piso ligeiramente inclinado ocupava todo o rés-do-chão). Sobre o extradorso da abóbada da cisterna assenta o pavimento do piso superior, no qual se encontram três aberturas, quadrangulares, que fazem a ligação entre os dois pisos. Nos dias de hoje, para protecção dos visitantes, foram tapadas com grades.
Vista interior da “Domus Municipalis” de Bragança
Muito se tem investigado sobre a sua edificação; porém, tratam-se de meras especulações, sendo as mais verosímeis as de ter sido usado como sede da Administração Municipal de Bragança, onde se reunia a Assembleia dos Vizinhos (órgão deliberativo do concelho) e, eventualmente, serviria de cisterna, sendo a água um bem escasso e vital, nomeadamente nos tempos de guerra, quando Bragança tinha que ser um baluarte de defesa auto-suficiente.
Trata-se de um espaço interior amplo e unificado, fresco, mesmo sob o calor impiedoso, e as suas múltiplas janelas formam jogos de luzes no pavimento da grande sala. A sua atmosfera é solene e bela ao mesmo tempo, lembrando, de certo modo, os tempos antigos.
A designação de “Domus Municipalis” terá surgido no século XIX, significando “Casa Municipal” em latim.
Bibliografia:
– Domus Municipalis de Bragança [em linha]. 03/03/2011. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Domus_Municipalis_de_Bragan%C3%A7a. [Acedido em 23/03/2011].
– Paços Municipais [em linha]. Disponível em: http://www.bragancanet.pt/patrimonio/domus.htm. [Acedido em 23/03/2011].
– Domus Municipalis de Bragança. In Infopédia [em linha]. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$domus-municipalis-de-braganca. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Acedido em 23/03/2011].
– Domus Municipalis/Antigos Paços Municipais [em linha]. Disponível em: http://www.igogo.pt/domus-municipalis-antigos-pacos-municipais/. [Acedido em 23/03/2011].
My name is Hempel Schorn. I was born in Montreal, Canada. I have studied in Montreal and Madrid and lived and worked in Montreal. You have a really nice blog!
beach wedding dresses