Trabalho realizado pela aluna Sara Veríssimo do 11.º G, com a orientação do prof. José João Sousa, no âmbito da disciplina de História A – Módulo 6 – Unidade 4.
“Mapa Cor-de-Rosa” foi o nome dado ao projecto português para unir Angola a Moçambique, apresentado na Conferência de Berlim de 1884 e que provocou forte reacção da Inglaterra.
Na segunda metade do século XIX, a Europa conheceu um elevado crescimento económico que se traduziu num forte desenvolvimento da indústria com um consequente aumento vertiginoso da produção. Esta situação exigiu não só a exploração de novos mercados para escoamento dessa produção, como novas fontes de matéria-prima para alimentar a indústria. Daí o crescente interesse por parte das grandes potências europeias pelo continente africano neste período.
Assim, os projectos para conhecer as regiões africanas intensificaram-se a partir da segunda metade de Oitocentos. De 1850 a 1880 fizeram-se grandes viagens de exploração ao continente negro, como foram os casos, entre outros, de Stanley, de Livingstone e de Brazza. As viagens intensificaram-se ainda a partir da Conferência de Berlim (1884-85). Porém, nesta altura, a concorrência era já grande por parte dos alemães, dos ingleses e dos bóeres. Esta corrida das potências europeias às colónias africanas viria a originar conflitos mais ou menos graves.
Alertados para essa política que, aos olhos de Portugal, era abusiva e lesiva dos nossos direitos históricos em África, surge na mente de alguns políticos – Luciano Cordeiro, Pinheiro Chagas, Barros Gomes, entre outros – a ideia de formar um vasto território na África Central, a partir do litoral que dominávamos; ou seja, ligando os litorais de Angola e Moçambique. Este ambicioso plano aparece já numa convenção luso-francesa de 1886 e figura a cor-de-rosa, daí advindo o nome para a questão.
No entanto, este nosso plano chocava frontalmente com os planos de expansionismo inglês para esta área, sobretudo com as iniciativas de Cecil Rhodes, cujo plano pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico, ao mesmo tempo que punha em causa o critério, formulado em Berlim, de que só a ocupação efectiva seria prova do domínio colonial.
O resultado foi o Ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890, sendo exigido a Portugal a retirada de toda a zona disputada sob pena de serem cortadas as relações diplomáticas e, de seguida, a guerra. Isolado, Portugal protestou mas seguiu-se a inevitável cedência e recuo. E assim acabou o “Mapa Cor-de-Rosa”, mas não sem que antes tivesse deixado um legado de humilhação nacional e frustração (bem patente no Finis Patriae de Guerra Junqueiro) que haveria de marcar Portugal durante muitas décadas. Na sequência deste episódio, Alfredo Keil compôs A Portuguesa (actual hino nacional).
Bibliografia:
– Mapa Cor-de-Rosa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$mapa-cor-de-rosa. [Acedido em 29/05/2011].
– Mapa Cor-de-Rosa [em linha]. 15/11/2010. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_Cor-de-Rosa.[Acedido em 29/05/2011].
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Mapa
Gostei imenso da pesquisa
Gostei muito da imformacao so que ha falta de imagens
foi uma boa informação, gostei muito
foi muito bacana gente
gostei da informacao
bem loko
Satisfeito pela resposta
que inteligentes muito impressionante!
Qual era o objectivo do Portugal com este Mapa?
adorei
Não está bem esplícito .
Para mim.
Qual o significado?